sexta-feira, 8 de maio de 2009

A onda e as Fardas

Rainer Wenger é professor num liceu alemão.Tem de dar autocracia por uma semana. Decide praticar uma semana de totalitarismo com os alunos.

Aqui começam os problemas. A sensação de pertença a um grupo onde (quase) todos têm respeito pela liderança e saludam a suposta ausência de distinção social, são aliciantes para os alunos (de secundário) e para Rainer (o líder).

O filme coloca bastantes questões interessantes. Uma delas são as fardas.

Cada um tem o seu "estilo de vestir". Faz parte da sua identidade. Da sua maneira de se expressar. Da sua individualidade.

E a sociedade? Isto é, Nós, enquanto observadores. Nós captamos alguém e estigmatizâ-mo-lo. Metê-mo-lo numa caixinha.

A Sociedade, isto é, Nós, obrigamo-nos muitas vezes a comportar-nos não de acordo com aquilo que somos, mas com aquilo que devemos ser. Ou com aquilo que queremos que os outros entendam que somos. E o nosso "estilo de vestir", a nossa farda, ajuda a sociedade a captar-nos.

Num mundo só de fardas, esse estigma não existiria. Seriamos todos iguais, pelo menos perante aquilo que os outros vêem.

Mas (sempre o mas) se não fossem as fardas seriam os cabelos. Até fardarmos os cabelos. E depopis passaria ao rosto. Fardar a cara. Por aí fora.

Igualdade sim, mas com liberdade. Apesar dos estigmas. Live with them!!

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