terça-feira, 30 de junho de 2009

Mudei o alinhamento da louça no escorredor

Todos nós as temos. Desde o acordar até adormecer.

Há quem acorde sempre com o mesmo toque no despertador. Quem adormeça sempre do mesmo lado da cama. Quem esfregue a toalha pelo corpo sempre da mesma forma, sempre pela mesma ordem "membral". Quem tenha canecas de chá com lábios marcados numa pequena área como que indicando "foi por aqui que bebeste sempre; será por aqui que vais continuar a beber".

Há quem não seja capaz de percorrer percursos diferentes. Não porque sejam mais longos, aborrecidos ou perigosos, mas porque os habituais estão tão enraizados, que nem sequer se pensa em mudar.

Não é que sejam necessariamente más. Pelo contrário, lembram-nos quem somos (pq às vezes queremos esquecê-lo) e trazem-nos à Terra. Fazem-nos pousar na vida regular, no dia-a-dia e tudo de bom que ele tem. Mas para que consigamos sentir isso, precisamos de quebra-las de vez em quando. Com ajudas ou sem ajudas. Nem que seja em pequenos pormenores. Até porque nem todas as rotinas nos são positivas.

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